A cidade de Bento Gonçalves passou a contar, desde o último sábado, 20 de julho, com a Associação de Direitos Humanos de Imigrante Contemporâneo. A assembleia de início das atividades foi realizada no auditório do Câmpus Bento Gonçalves do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) e contou com a presença de cerca de 60 haitianos. O presidente da associação é Ronald Dorval e a diretoria é formada por outras sete pessoas, todas haitianas.
O Câmpus Bento Gonçalves do IFRS é um dos apoiadores da associação e pretende realizar uma série de ações para que os imigrantes possam ter acesso a políticas públicas de saúde e educação. Representando o instituto, esteve presente o professor Giovani Comerlatto, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi). Conforme Comerlatto, o auxílio será dado através da oferta de cursos de extensão de língua portuguesa, possibilidade de revalidação de diplomas estrangeiros e apoio nas ações que venham a ser desenvolvidas em conjunto com o Neabi.
Situação dos haitianos
O município conta atualmente com cerca de 200 haitianos, mas esses dados ainda não são oficiais e não se sabe como eles vivem, quantos possuem curso superior e de que forma estão organizados. A maioria veio para o Brasil em 2010, depois do terremoto que devastou parte do país, em busca de melhores condições de vida.
O objetivo é que, a partir de agora, estes dados sejam conhecidos e formatados para que estas pessoas sejam inseridas nas políticas públicas. Para tanto, a associação pretende prestar serviços jurídicos e de informação sobre emprego e de documentação para trabalho e estudo.
Ajuda
De acordo com o professor, eles necessitam de emprego, além roupas e alimentos, que podem ser doados no Neabi. O Núcleo fica na avenida Osvaldo Aranha, n° 540. O telefone é (54)3455-3219. A intenção do IFRS é contribuir pela inserção dos imigrantes contemporâneos na comunidade local.
A associação ainda não possui sede e deve ter seu registro efetuado esta semana. Recados podem ser passados também através do Neabi.
Entre os apoiadores desta causa, além do IFRS, estão o Movimento Negro, a Sociedade Educativa e Cultural 20 de Novembro, a Pastoral das Migrações ligadas à igreja católica Santo Antônio e ao Colégio Medianeira e voluntários.
Melina Leite - Assessoria de Comunicação do Câmpus Bento Gonçalves
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